“Podíamos ter sido… mas não fomos.
Podíamos ter dito algo mais que “adeus”… mas não dissemos.
Podíamos ter sido felizes… mas nem sequer tentamos.
Podíamos ter arriscado… mas não o fizemos.
Fica um beijo, um abraço. Fica um peito de coração comprimido e os olhos que transbordam a saudade do que nunca nos foi permitido viver. Por medo? Talvez…
Tu segues um caminho, eu outro. Talvez um unico caminho seja demasiado pequeno para os dois. Mas vou sentir-te a falta, de verdade. E sei que lembrarei muitas vezes de ti.
É hora de te deixar, finalmente partir. Mesmo que ao entrares nesse avião, leves também um pouco de mim.
É apenas um fim, ditado afinal, logo no início de tudo.
E quem sabe um dia? Se não for pedir demais, aí dentro do teu peito, não me deixes morrer.
Aqui de longe, pedirei sempre a um ser maior que olhe por ti, que cuide de ti, que esteja a teu lado… no fundo, o que eu um dia quis que fizesses por mim. Mas não foste capaz.
Eu gostei mesmo muito de ti… e não pensei que me doesse tanto dizer-te adeus, mesmo sabendo que já te foste embora há muito, muito tempo…“
“Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
A noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…” Até um dia.
Texto MARAVILHOSO extraído do blog português http://mulherde30.blogs.sapo.pt/ (autora anônima)